segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quando a Dor Domina a Alma



Há dias em que preferimos nos enclausurar dentro de nós mesmos pra tentar entender o motivo de sentirmos uma tristeza tão profunda... vasculhamos todas as arestas do coração e o que encontramos? Mágoas, ressentimentos, fatos que deveriam ser esquecidos e insistimos em lembrar... Podem passar anos, festas e continuamos a pensar que nada vai mudar não importa qual caminho escolha e nem quantas vezes tente; sabemos, estamos errados, mas a "droga" do coração não obedece às ordens de ser feliz! A quem recorrer nestas horas escuras e melancólicas? Eu tenho recorrido à caneta e papel! Não sei se algumas pessoas sentem prazer em ficarem tristes, mas sei que o meu coração é teimoso pra isso! E hoje, deixarei aqui uma poesia... porque não tenho mais qualquer palavra que represente melhor, para mim, como são estes dias...




Quando a Dor Domina a Alma




Observando meu abismo infinito, percebo a escuridão que me assola.
A madrugada é meu dia, a noite minha amada.
Vivo suspirando pela morte: a vida mal assombrada,
Na qual encontro os braços da dor que me consola...


Anseio por sua chegada tão repentina.
Tal sentimento percorre minhas veias com ardor,
Aniquilando, em mim, o desejo de ter amor
Desde quando frágil menina.


Se, hoje, o rancor possui meu coração
É por ter visto um espaço apenas seu.
Ser livre, feliz, querida outrora quis eu;
Todavia, notei como tudo é ilusão...


Minh'alma e meu sorriso foram soterrados pelo sofrimento,
Assim como meu amor encarcerado.
Pelo brilho da vida meu espírito tem clamado,
Mas não sou digno de existir, não mereço esse momento.



M. F. Gomes

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